21.10.06

O primeiro filme do mundo?



A Besta inominável encerra o
xxxxxdesfile do gracioso rebanho,
xxxxxcomo um ciclope burlesco.

Oito esgares são o seu adorno
xxxxxdividem a sua loucura.

A Besta arrota devotamente no
xxxxxar campestre.

O ventre inchado e pendente está
xxxxxdorido, vai esvaziar-se da
xxxxxsua prenhez.

Dos cascos às presas inúteis,
xxxxxela está envolta em fedor.



Assim me aparece no friso de
xxxxxLascaux, mãe fantasticamente
xxxxxmascarada,

A sabedoria de olhos cheios de
xxxxxlágrimas.


René Char,
tradução de Silvina Rodrigues Lopes

5 comentários:

Anonymous Anônimo escreveu:

eu não vejo a imagem. sou só eu?
beijos, pat.

12:53  
Blogger sadowl escreveu:

não era só você, pat. era um problema mesmo. mas agora já está corrigido. vê?

p.s.: bom te encontrar aqui.

13:39  
Blogger André Dias escreveu:

oswaldo, como conheces os livros editados pela maravilhosa silvina?

15:24  
Blogger sadowl escreveu:

andré, conheci a editora dela através de uma amiga, a sabrina sedlmayer, que também publicou um livro pela vendaval. a silvina fiquei conhecendo um pouco antes, através de um belo texto que ela publicou na revista "devires", intitulado "escolher pensar", você conhece?

01:53  
Anonymous Anônimo escreveu:

nossa, não sabia que era assim.. a besta. .......

11:32  

Postar um comentário

voltar